sábado, 3 de dezembro de 2011

Maturidade ade ade...

Cada erro cometido por mim parece acrescentar dez quilos de responsabilidade às novas decisões que preciso tomar... De um jeito que a tal da experiência parece que mais atrapalha que ajuda.
Pode uma coisa dessas? 

É como se os erros passados resolvessem concentrar-se todos na figura de um fantasma mal-encarado que me segue pra cima e pra baixo, pronto pra me humilhar se eu resolver fazer mais uma escolha que se revele hipoteticamente pior do que a outra que eu havia cogitado. Afinal, SE eu tivesse seguido o outro "SE", estaria muito melhor agora, claro.
E também é óbvio que as infinitas probabilidades da vida serão sempre probabilidades, nunca certezas. Certa nessa história é só a loucura de querer controlar passado, presente e futuro do pretérito.
 
A voz da experiência deveria ser: "Você decidiu, aceite. Que venham as futuras decisões, os outros caminhos. Aquele ficou pra trás. Siga tranquila e confie em si." 
Em vez de palavras serenas, a minha experiência resmunga: "Não erre, você não tem mais idade pra arrependimentos, nem desculpa pra ingenuidades! A vida tá passando, você tá ficando pra trás! Tá fazendo errado novamente! Se tivesse agido do outro modo, teria dado certo, sua irresponsável!"
Olha, parece que tomar decisões é muito mais difícil hoje do que há alguns anos. Decisões bobas, até.
Isso tudo me faz pensar que na vida existe a seguinte escala de maturidade:

1. não saber qual é coisa certa a ser feita (o errado não é tão claro, decisões são mais leves); 
2. saber, porém não querer/conseguir fazer o que é certo (não se está preparado pro correto);
3. saber e tentar fazer o certo, com alguma dificuldade;
4. saber e conseguir fazer a coisa certa, com tranquilidade, OU se conformar com a própria estupidez e viver sob o fardo das frustrações pro resto da vida

Estou vagando entre os níveis dois e três. Será que a consciência da situação me faz avançar alguma casa?
Ou será que a consciência da situação vai me mandar prender  numa camisa de força até o fim do jogo?
Não sei. Ou eu complico demais, ou sou a pessoa mais errada das galáxias.
Mas poxa, como não me preocupar com cada passo, se minha vida é agora e eu só tenho ela?
Aceito sugestões.

PS: Como quase todas as postagens deste cafofo, este é um texto-desabafo que escrevo na tentativa de conter o impulso de conversar com alguém sobre o tema, já que as pessoas ou tentam (em vão) passar a mão na minha cabeça, ou acabam sendo contagiadas pela negatividade, coisas que tenho tentado evitar. Funciona. (+1 casa)

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